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Caráter empreendedor marca presidência da INB O engenheiro eletricista Roberto Nogueira da Franca exerce, desde 1993, a função de Presidente da Indústrias Nucleares do Brasil S/A - INB, empresa supervisionada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, responsável pelo ciclo do combustível nuclear no Brasil. Ao ingressar na INB, estabeleceu como meta básica tornar a empresa auto-suficiente. Para isso, seria necessário aumentar a demanda, modernizar o parque industrial, absorver novas tecnologias e aumentar o número de etapas do ciclo dominadas pela empresa. Uma das primeiras medidas do novo Presidente foi mudar o enfoque, que no seu ponto de vista era equivocado, de que a atividade da INB era apenas estratégica. Deu certo. Hoje, a empresa procura transformar desenvolvimento tecnológico em resultados concretos. Para deflagrar o importante processo de transformação da organização, o Presidente da INB se utilizou de persistência e muita determinação. Entre os principais desafios enfrentados por Franca à frente da I NB destaca-se a fusão das quatro empresas anteriormente existentes, para então dar início ao processo de reestruturação e redimensionamento das atividades. Foi preciso enxugar a estrutura da empresa, absorver atividades das controladas, eliminar outras que não agregavam valor e reduzir muito os gastos gerais. A adequação do perfil do quadro de pessoal aos novos empreendimentos, incluiu também remanejamentos e realização de concursos públicos. A empresa partiu de um efetivo de 1.227 empregados, em 1994, para 800, em abril de 2000. Nesse quadro, cerca de 100 pessoas, com perfil compatível com os novos projetos, foram admitidas. Os resultados apontam para um excelente ganho de produtividade. Outro grande desafio, segundo o Presidente da INB, foi implantar projetos econômicos e competitivos, dimensionados para o tamanho da demanda, otimizando os ativos existentes e viabilizando os recursos financeiros. Houve, para isso, um remanejamento de financiamentos e uma complementação de recursos por parte do acionista, "cuja confiança teve com base a transparência e o cumprimento de metas estabelecidas pelos órgãos de controle federais", afirma Roberto Franca. Com a decisão governamental de se concluir o empreendimento Angra 2, como uma das alternativas para garantir o suprimento de energia, foi possível alavancar numerosas atividades do programa nuclear, que estavam praticamente paralisadas há mais de uma década nos campos da engenharia, pesquisa e indústria, integrando os órgãos e atividades desenvolvidas no País. Agora, o Brasil pode ser um dos três países do mundo que terá a possibilidade de executar todas as etapas do cicio combustível em seu território. O Presidente da INB orgulha-se ao mostrar que, em sua gestão, todas as unidades da INB passaram a atuar visando a auto-suficiência tecnológica, econômica e financeira. O planejamento estratégico da empresa aponta agora para a necessidade de exportar excedentes de urânio, sem comprometer as reservas nacionais. Este é, segundo Franca, um grande desafio a ser vencido. Primeiro é preciso consolidar os programas da empresa, conseguir alternativas para o equilíbrio econômico-financeiro. Depois, partir para a conquista de uma fatia no mercado de urânio, oferecendo o excedente da produção como moeda de troca para obtermos mais suporte na engenharia e avanços na tecnologia de combustível e/ou serviços e materiais não produzidos no Brasil.
Formado pela PUC - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 1967, Nogueira da Franca cursou também Engenharia Econômica e Administração Industrial, da Escola Politécnica da UFRI, e Administração Financeira e Mercado Internacional em Captação e Administração Financeira, da American Graduate School of [nternational Management, no Arizona - EUA. A vida profissional de Roberto Nogueira
da Franca começou em Furnas Centrais Elétricas 5/A, como
estagiário, em 1966, chegando a Diretor Financeiro em 1984, cargo
que ocupou até 1990. De 1991 até 1993, prestou serviços
de consultaria a empresas e bancos em Project Financing e privatizações
no setor de infra-estrutura. Foi Secretário Geral do Sub-comitê
Brasileiro do Conselho Mundial de Energia, de 1984 a 1989. Atualmente,
compõe os Conselhos de Energia da FIRJAN e da Câmara de Comércio
Brasil Estados Unidos. |
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